Vamos usar nosso blog para facilitar a comunicação.
As fábulas postadas abaixo, fazem parte do nosso projeto de produção.
Vocês não precisam imprimi-las.
Apenas ler para fazer as atividades pedidas na apostila.
Bom trabalho!
A raposa e o
corvo
Um dia um corvo estava pousado no galho de uma
árvore com um pedaço de queijo no bico quando passou uma raposa. Vendo o corvo
com o queijo, a raposa logo começou a matutar um jeito de se apoderar do
queijo. Com esta idéia na cabeça, foi para debaixo da árvore, olhou para cima e
disse:
- Que pássaro
magnífico avisto nessa árvore! Que beleza estonteante! Que cores maravilhosas!
Será que ele tem uma voz suave para combinar com tanta beleza! Se tiver, não há
dúvida de que deve ser proclamado rei dos pássaros.
Ouvindo aquilo o
corvo ficou que era pura vaidade. Para mostrar à raposa que sabia cantar, abriu
o bico e soltou um sonoro "Cróóó!" . O queijo veio abaixo, claro, e a
raposa abocanhou ligeiro aquela delícia, dizendo:
- Olhe, meu senhor, estou vendo que voz o senhor tem.
O que não tem é inteligência!
|
Do livro:
Fábulas de Esopo - Companhia das Letrinhas
A Formiga e a
Pomba
Uma formiga foi à margem do rio para beber
água e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma pomba que
estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha e a deixou cair na
correnteza perto dela. A formiga subiu na folha e flutuou em segurança até a
margem.
Pouco tempo
depois, um caçador de pássaros veio por baixo da árvore e se preparava para
colocar varas com visgo perto da pomba que repousava nos galhos alheia ao
perigo.
A formiga,
percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou
cair sua armadilha e, isso deu chance para que a pomba voasse para longe a
salvo.
|
Esopo
As
Lebres e as Rãs
As lebres,
animais tímidos por natureza, viviam oprimidas por causa da sua excessiva
timidez, e cansadas de viverem em constante alerta temendo a tudo e a todos o
tempo todo.
Em comum acordo
resolveram por fim as suas vidas e a todos os seus problemas, saltando do alto
de um penhasco, para as águas profundas de um lago abaixo.
Assim que elas
correram, todas de uma só vez, para colocar em prática sua decisão, as Rãs que
repousavam nas margens do lago escutaram o barulho dos seus pés, e desesperadas
e tomadas de pânico, fugiram para o fundo da água em busca de segurança.
Ao ver o rápido
sumiço das Rãs, uma das Lebres, rogou aos seus companheiros:
- Fiquem meus
amigos, não façam isso que estão pretendendo, vimos agora que existem criaturas
que vivem mais aterrorizadas que nós.
|
O
galo e a raposa
O galo cacarejava em cima de uma árvore.
Vendo-o ali, a raposa tratou de bolar uma estratégia para que ele descesse e
fosse o prato principal de seu almoço.
- Você já ficou
sabendo da grande novidade, galo? – perguntou a raposa.
- Não. Que
novidade é essa?
- Acaba de ser
assinada uma proclamação de paz entre todos os bichos da terra, da água e do
ar. De hoje em diante, ninguém persegue mais ninguém. No reino animal haverá
apenas paz, harmonia e amor.
- Isso parece
inacreditável! – comentou o galo.
- Vamos, desça da
árvore que eu lhe darei mais detalhes sobre o assunto – disse a raposa.
O galo, que de
bobo não tinha nada, desconfiou que tudo não passava de um estratagema da
raposa. Então, fingiu estar vendo alguém se aproximando.
- Quem vem lá?
Quem vem lá? – perguntou a raposa curiosa.
- Uma matilha de
cães de caça – respondeu o galo.
- Bem...nesse
caso é melhor eu me apressar – desculpou-se a raposa.
- O que é isso,
raposa? Você está com medo? Se a tal proclamação está mesmo em vigor, não há
nada a temer. Os cães de caça não vão atacá-la como costumava fazer.
- Talvez eles
ainda não saibam da proclamação. Adeusinho!
E lá se foi a
raposa, com toda a pressa, em busca de uma outra presa para o seu almoço.
|
Numa grande
reunião entre todos os animais, que fora
organizada para eleger um novo líder, foi solicitado que o Macaco fizesse sua
apresentação.
Ele se saiu tão
bem com suas cambalhotas, pantomimas, caretas e guinchos, que os animais ali
presentes não puderam deixar de ficar impressionados com toda aquela encenação
e jogo teatral.
E entusiasmados
com tamanha performance, daquele dia em diante, resolveram elegê-lo como seu
novo Rei.
A Raposa, que não
votara no Macaco, estava aborrecida com os demais animais por terem eleito um
líder, a seu ver, tão desqualificado, uma vez que levaram em conta apenas as
aparências, o espetáculo, o circo típico dos políticos, coisas que, para ela,
não tinha valor algum como atributo pessoal.
Um dia,
caminhando pela floresta, ela encontrou uma armadilha com um pedaço de carne.
Correu até o Rei Macaco e lhe disse que encontrara um rico tesouro, mas, que
nele não tocara, porque por direito, pertencia a sua majestade, claro, o
Macaco.
O pretencioso e
ganancioso Macaco, embriagado com a vaidade de sua aparente importância, e de
olho na prenda, sem pensar duas vezes, seguiu a Raposa até a armadilha. E tão
logo viu o pedaço de carne ali agarrado, sem pensar duas vezes, estendeu o
braço para pegá-lo. Assim, acabou também ficando preso. A Raposa, ao seu lado,
deu uma gargalhada.
"Você pretende ser um Rei," ela disse, "no
entanto, mostra-se incapaz de cuidar até de si mesmo..."
Logo, passado aquele episódio, uma nova eleição foi realizada entre os
animais para a escolha de um novo governante, já que o hipócrita fora
desmascarado.
Moral da História
O verdadeiro líder é aquele que é capaz de provar para si mesmo suas qualidades...
O lobo e a cegonha
Um lobo
devorou sua caça tão depressa, com tanto apetite, que acabou ficando com um
osso entalado na garganta. Cheio de dor, o lobo começou a correr de um lado
para outro soltando uivos, e ofereceu uma bela recompensa para quem tirasse o
osso de sua garganta. Com pena do lobo e com vontade de ganhar o dinheiro, uma
cegonha resolveu enfrentar o perigo. Depois de tirar o osso, quis saber onde
estava a recompensa que o lobo tinha prometido.
- Recompensa?
– berrou o lobo. – Mas que cegonha pechinchona! Que recompensa, que nada! Você
enfiou a cabeça na minha boca e em vez de arrancar sua cabeça com uma dentada
deixei que você a tirasse lá de dentro sem um arranhãozinho. Você não acha que
tem muita sorte, seu bicho insolente! Dê o fora e se cuide para nunca mais
chegar perto de minhas garras!
|
A reunião geral dos ratos
Uma vez os ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma reunião
para encontrar um jeito de acabar com aquele eterno transtorno. Muitos planos
foram discutidos e abandonados. No fim um rato jovem levantou-se e deu a idéia
de pendurar uma sineta no pescoço do gato; assim, sempre que o gato chegasse
perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu
palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um rato velho que tinha
ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto. O rato falou que o plano
era muito inteligente, que com toda certeza as preocupações deles tinham
chegado ao fim. Só faltava uma coisa: quem ia pendurar a sineta no pescoço do
gato?
|
O gato, o galo e
o ratinho
Um ratinho
vivia num buraco com sua mãe, depois de sair sozinho pela primeira vez, contou
a ela:
- Mãe, você não
imagina os bichos estranhos que encontrei!
Um era bonito e
delicado, tinha um pêlo muito macio e um rabo elegante, um rabo que se movia
formando ondas.
O outro era um
monstro horrível! No alto da cabeça e debaixo do queixo ele tinha pedaços de
carne crua, que balançavam quando ele andava. De repente os lados do corpo dele
se sacudiram e ele deu um grito apavorante. Fiquei com tanto medo que fugi
correndo, bem na hora que ia conversar um pouco com o simpático.
- Ah, meu filho!
– respondeu a mãe. – Esse seu monstro era uma ave inofensiva; o outro era um
gato feroz, que num segundo teria te devorado.
|
O burro e o
cachorrinho
Um homem tinha um burro e um cachorrinho. O
cachorro era muito bem cuidado por seu dono, que brincava com ele, deixava que dormisse
no seu colo e sempre que saía para um jantar voltava trazendo alguma coisa boa
para ele. O burro também era muito bem cuidado por seu dono. Tinha um estábulo
confortável, ganhava muito feno e muita aveia, mas em compensação tinha que
trabalhar no moinho moendo trigo e carregar cargas pesadas do campo para o
paiol. Sempre pensava na vida boa do cachorrinho, que só se divertia e não era
obrigado a fazer nada, o burro se chateava com a trabalheira que ficava por
conta dele.
"Quem sabe
se eu fizer tudo o que o cachorro faz nosso dono me trata do mesmo
jeito?", pensou ele.
Pensou e fez. Um
belo dia soltou-se do estábulo e entrou na casa do dono saltitando como tinha
visto o cachorro fazer. Só que, como era um animal grande e atrapalhado, acabou
derrubando a mesa e quebrando a louça toda. Quando tentou pular para o colo do
dono, os empregados acharam que ele estava querendo matar o patrão e começaram
a bater nele com varas até ele fugir da casa correndo. Mais tarde, todo
dolorido em seu estábulo, o burro pensava: "Pronto, me dei mal. Mas bem
que eu merecia. Por que não fiquei contente com o que eu sou em vez de tentar
copiar as palhaçadas daquele cachorrinho?"
|
O Macaco e o
Golfinho
Quando as pessoas fazem uma viagem, muitas
vezes levam seus cachorrinhos ou macaquinhos de estimação para ajudar a passar
o tempo. Assim, um homem que voltava do Oriente para Atenas andava pelo navio
levando um macaquinho de estimação. Quando estava próximo do litoral da Ática o
navio foi atingido por uma grande tempestade e acabou virando. Todas as pessoas
que estavam a bordo foram parar na água e começaram a nadar para tentar salvar
a vida. O macaco também. Um golfinho viu o macaco e imaginou que fosse um
homem; pôs o macaco nas costas e começou a nadar para a praia. Quando os dois
iam chegando ao Pireu, que é o porto de Atenas, o golfinho perguntou ao macaco
se ele era ateniense. O macaco respondeu que sim, e disse ainda que sua família
era muito importante.
-Bom, nesse caso
você conhece o Pireu – continuou o golfinho.
O macaco achou
que o golfinho estava se referindo a alguma autoridade e respondeu:
-Claro, claro,
somos muito amigos.
Ouvindo aquilo, o
golfinho viu que estava sendo enganado. Aborrecido, mergulhou para o fundo do
mar e em pouco tempo o pobre macaco se afogou.
|
O
leão e o mosquito
Um leão ficou com raiva de um mosquito que não
parava de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima.
-Você está
achando que vou ficar com medo de você só porque você pensa que é rei? – disse
ele altivo, e em seguida voou para o leão e deu uma picada ardida no seu
focinho.
Indignado, o leão
deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que conseguiu foi arranhar-se com
as próprias garras. O mosquito continuou picando o leão, que começou a urrar
como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto de feridas provocadas por
seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu. O mosquito foi embora zumbindo
para contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou direto numa teia
de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido
por uma aranha minúscula.
|
A ostra e o caranguejo
Uma ostra estava apaixonada pela Lua. Sempre que a Lua cheia
brilhava no céu ela passava horas olhando-a boquiaberta.
Um caranguejo viu, de seu posto de observação, que durante a Lua
cheia a ostra ficava completamente aberta, e decidiu comê-la.
Na noite seguinte, quando a ostra se abriu, o caranguejo colocou
um pedregulho dentro da concha.
A ostra, imediatamente, tentou fechar-se novamente, porém o
pedregulho impediu que assim o fizesse.
Leonardo da Vinci
|
O Cachorro e sua
Sombra
Um cachorro com um pedaço de carne roubada na boca
estava atravessando um rio a caminho de casa quando viu sua sombra refletida na
água.
Pensando que
estava vendo outro cachorro com outro pedaço de carne, ele abocanhou o reflexo
para se apropriar da outra carne, mas quando abriu a boca deixou cair no rio o
pedaço que já era dele.
A cobiça não leva a nada.
|
O burro que vestiu a pele de um leão
Um burro encontrou uma pele de leão que um caçador tinha deixado largada na floresta. Na mesma hora o burro vestiu a pele e inventou a brincadeira de se esconder numa moita e pular fora sempre que passasse algum animal. Todos fugiam correndo assim que o burro aparecia. O burro estava gostando tanto de ver a bicharada fugir dele correndo que começou a se sentir o rei leão em pessoa e não conseguiu segurar um belo zurro de satisfação. Ouvindo aquilo, uma raposa que ia fugindo com os outros parou, virou-se e se aproximou do burro rindo:
- Se você tivesse ficado quieto, talvez eu também tivesse levado um susto. Mas aquele zurro bobo estragou sua brincadeira!
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário