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domingo, 18 de março de 2012
A Praça da Estação de Belo Horizonte Carlos Drummond de Andrade. Duas vezes a conheci: antes e depois das rosas. Era a mesma praça, com a mesma dignidade, O mesmo recado para os forasteiros: esta cidade é uma promessa de conhecimento, talvez de amor. A segunda Estação, inaugurada por Epitácio, O monumento de Starace, encomendado por Antônio Carlos São feios? São belos? São linhas de um rosto, marcas da vida. A praça da entrada de Belo Horizonte, Mesmo esquecida, mesmo abandonada pelos poderes públicos, Conta pra gente uma história pioneira. De homens antigos criando realidades novas. É uma praça – forma de permanência no tempo. E merece respeito. Agora querem levar para lá o metrô de superfície. Querem mascarar a memória urbana, alma da cidade Num de seus pontos sensíveis e visíveis. Esvoaça crocitante sobre a praça da Estação O Metrobel decibel a granel sem quartel Planejadores oficiais insistem em fazer de Belo Horizonte Linda, linda, linda de embalar saudade Mais uma triste anticidade.
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